O trem balançava suavemente, mas Caylie estava agitada. Por que Alex não vinha dormir? A cortina de gelo cobrindo a escuridão lá fora dava-lhe uma estranha sensação de medo e abandono. Vestiu um grosso casaco de pele e foi tateando pelos vagões até alcançar o vagão-restaurante. Logo reconheceu a sombra daquele homem alto, de ombros largos e porte elegante. Ia chamá-lo quando notou alguém mais ali, uma mulher! Pôde perceber os olhos dela brilhando, os lábios entreabertos aguardando um beijo. Chocada, Caylie viu o marido tomar a mulher em seus braços e beijá-la silenciosamente. Era o fim de uma lua-de-mel e o início de uma longa e terrível viagem através da imensidão de neve da Sibéria.
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